Em 2008, o Bitcoin foi criado para ser uma moeda digital com a ideia de substituir o dinheiro físico e, com isso, descentralizar o poder de emissão do governo e tornar desnecessária a intermediação dos bancos.
Todas as transações realizadas são criptografadas e não podem ser alteradas. Cada operação é validada por mineradores, que são um grupo de pessoas, que gravam essas operações na blockchain, o que torna a transação mais segura e prática.
Pontos positivos do Bitcoin
Como todo investimento, o Bitcoin tem seus pontos positivos e negativos. A começar pela facilidade nas negociações, que não exige nenhum conhecimento prévio de investimentos e é totalmente segura. É só abrir uma conta em uma corretora e comprar, o que pode ser realizado por cartão de crédito, boleto, transferência bancária e, até mesmo, pelo pix. Você também pode comprar unidades fracionárias de Bitcoin, o que torna a operação mais acessível também.
Também não podemos esquecer que, livre do controle dos governos, você pode comprar ou enviar Bitcoins para qualquer lugar do mundo, de maneira simples, rápida, sem custo adicional e, melhor, sem estar sujeito à variação cambial. Até aí, tudo ótimo. Mas vamos lá para os pontos negativos.
Pontos negativos do Bitcoin
Para esse grupo de pessoas supracitado, chamado de mineradores, criar novas unidades de Bitcoin, eles utilizam computadores ligados indefinidamente, o que significa que seu uso consome muita energia a ponto de que, segundo uma pesquisa da Universidade de Cambridge (UK), se fosse um país, seria o 28º a consumir mais energia no mundo. Como ainda utilizamos, majoritariamente, fontes de energia emissoras de carbono, esse consumo todo de energia causa um impacto negativo enorme no nosso planeta.
Além desse impacto, temos que pensar sobre o futuro do Bitcoin. Sua evolução ameaçaria, e muito, a soberania monetária dos países, haja vista que não haveria como praticar política monetária com o Bitcoin em plena circulação. Como controlar a estabilidade e a liquidez da moeda, tarefa do Bacen, se não se tem o controle de sua emissão?
Ah, mas o El Salvador não aceitou o Bitcoin como moeda? Sim, é verdade. Mas esse país não tem moeda própria, adotando o dólar como meio circulante. Portanto, ele já não tem como praticar a política monetária. Além do mais, grande parte do PIB salvadorenho vem de remessas feitas por pessoas que trabalham fora do país a cidadãos residentes, o que, ao usar o Bitcoin, torna essa tarefa mais simples e menos custosa.
E, por último, a oscilação do Bitcoin e a sensibilidade que a moeda apresenta a fatores externos, torna o investimento nessa moeda digital extremamente volátil e para poucos corações.
Afinal, Bitcoin é um bom investimento?
Percebemos com isso que, apesar de alguns contras significativos, a proposta da moeda, de ser única e de livre circulação, é ótima para a economia de livre comércio, devendo ajustar os impactos produzidos pelo seu uso. Contudo, dado seu futuro imprevisível, torna-se o uso moderado desse investimento, com pouca exposição de patrimônio, enormemente interessante. Bitcoin é um assunto que te interessa? Pois saiba que você pode aprender dicas de investimentos e finanças sustentáveis com a Maíza Nascimento, economista e entusiasta de finanças sustentáveis. Certificada em Green Finance pela Frankfurt Business School, na Alemanha, Maíza pode te ajudar a entender melhor e praticar o conceito de finanças sustentáveis e sustentabilidade.